Basquetebol: saber tudo sobre o afundanço

No basquetebol, qual é a tua jogada preferida? Se pensas logo no afundanço, vamos dar-te mais informação sobre esta ação tão eficaz como espetacular.

Se te perguntarem qual é a jogada mais conhecida no basquetebol, o mais provável é que penses imediatamente no afundanço. E, no entanto, entre os praticantes de basquetebol, tanto femininos como masculinos, nem todos se podem vangloriar de conseguir um afundanço no decorrer de um jogo, especialmente se encontrares um adversário à frente do aro.

Para saberes mais sobre esta jogada de basquetebol ao mesmo tempo espetacular e simbólica, e se tens vontade de te aproximar dos aros, explicamos-te tudo!

O afundanço: breve história e definição

Se nunca viste um afundanço, ou se nunca ouviste o barulho do aro a bater, começamos por te despertar a curiosidade com uma breve definição:

Porquê afundanço?

No basquetebol, o afundanço consiste em fazer entrar a bola diretamente no cesto ao mesmo tempo que te penduras no aro, com uma ou com as duas mãos.

O termo em inglês é "dunk" e refere-se ao barulho que faz o aro metálico nesta jogada. É por isso que em inglês o afundanço no basquetebol é referido com mais frequência como "dunk" do que como "smash".

E agora que consegues visualizar melhor o gesto, juntamos mais um pormenor, um pormenor muito alto: o aro em que vais encestar a bola está tranquilamente à tua espera a 3,05 m do solo. Na realidade, mesmo para os praticantes, femininos e masculinos, de mais alto nível, o afundanço é uma jogada complicada. Especialmente porque os adversários raramente têm vontade de deixar que os outros jogadores os humilhem.

E é isto que torna esta jogada tão impressionante: além de exigir qualidades atléticas excecionais, é também uma jogada arriscada (o risco do desarme do lançamento) que termina num cesto espetacular é numa mensagem enviada à equipa adversária.

A história do afundanço no basquetebol

Na realidade, os afundanços têm mais probabilidade de preencher os vídeos Top 10 do que os jogos do teu clube nos campeonatos distritais. Mas é precisamente pela sua dificuldade que lhe confere um tal estatuto cultural e simbólico. E não é por acaso que a história desta jogada está intimamente ligada à história do seu desporto:

O primeiro afundanço registado num jogo oficial remonta aos Jogos Olímpicos de 1936. E foi, obviamente, realizado por um jogador americano. Apesar de os defesas nunca gostarem de deixar escapar um afundanço, este gesto espetacular desde cedo conquistou o público, tornando-se um símbolo do basquetebol desde os anos 60. Certamente ao nível profissional! Com efeito, face ao domínio de jogadores cada vez mais altos e mais atléticos, o campeonato universitário americano proibiu os afundanços em 1967. Um pouco como uma partida de futebol sem remates de bicicleta... Foi preciso esperarmos até 1976 para voltar a ver os universitários americanos a afundar!

Como afundar?

Agora que já sabes mais sobre a arte do afundanço, talvez tenhas vontade de ir fazer vibrar os cestos.

O único senão é que esse cesto está a uma altura de 3,05 metros, como referimos no início do artigo. Então, para progredir na arte elegante e, ao mesmo tempo, explosiva, do afundanço, eis alguns conselhos:

Para começares, vai afundar de um modo diferente em função do seu físico e da sua posição.

Simplificando, se jogas no interior, irás utilizar as mesmas qualidades para o afundanço do que as usadas para os ressaltos e os desarmes de lançamento. Ou seja, a tua posição próxima da tabela, a tua altura, o comprimento do teu braço e uma impulsão muito vertical em que saltas apoiando-se nos dois pés ao mesmo tempo.

Se jogas atrás e se queres aventurar-te até ao garrafão para um afundanço (para um afundanço a partir da linha de lance livre é melhor esperares até seres uma lenda do basquetebol), o objetivo deve ser converteres a tua velocidade de corrida em impulsão vertical, muitas vezes com a impulsão num único apoio.

E além da impulsão, que é evidentemente e necessária para o afundanço, a destreza também tem uma palavra a ser dita! Explicamos o princípio:

No que se refere à impulsão, é muito mais fácil afundar com uma mão do que com duas. O que implica saber manipular a bola corretamente: estamos de acordo que é espetacular pendurares-te no aro, mas se a bola te escapa das mãos durante o salto, o impacto psicológico arrisca-se claramente a mudar de campo.

Aprender a controlar a bola no ar com uma mão é uma das primeiras etapas no caminho dos afundaços.