Descubra as Técnicas de Marcha Atlética
A Marcha Atlética é uma disciplina tecnicamente exigente, que se revela mais complexa que a corrida. Exige concentração para manter a perna estendida até à passagem da anca, assim como o contacto permanente de um apoio no chão. Este desporto possui a sua, ou melhor, as suas próprias técnicas... que os juízes controlam durante as competições! Newfeel apresenta-te um resumo sobre a postura e a técnica a adotar, se estiveres a pensar iniciar-se à Marcha Atlética.
O olhar fixo ao longe, os ombros abaixados para abrir a caixa torácica, o tronco bem direito, nem demasiado inclinado para a frente nem para trás... Eis a postura da parte superior do corpo do praticante de Marcha. Os braços devem estar fletidos a 90° e efetuam um movimento de vaivém bastante amplo. Este movimento de balanceio efetua-se no eixo da Marcha com os braços perto do corpo. As mãos devem estar relaxadas. Com respeito à parte inferior do corpo, o joelho é bloqueado no momento do impacto com o chão. A Marcha Atlética necessita de um contacto permanente de um pé com o chão. Para que seja possível, é preciso que no final da propulsão de um pé, o segundo já esteja em contacto com o chão. O desenvolvimento do pé efetua-se desde o calcanhar até aos dedos do pé para uma ação mais dinâmica e aumento da força de propulsão. Uma mobilidade da bacia permitindo um certo requebro proporciona mais fluidez para levar a perna para a frente. Para melhorar a sua velocidade, o aumento da frequência revela-se mais eficaz do que um alongamento da passada.
É por via desta técnica tão característica que os praticantes de Marcha avançam tão rapidamente. Em práticas de alto nível, os praticantes andam mais depressa do que praticantes de corrida. O uso dos braços tem um papel importante, servem simultaneamente para aumentar o ritmo e compensar os diversos desiquilíbrios. O desenvolvimento do pé completo e o adiantamento da bacia do lado da perna de ataque também são alguns parâmetros a ter em conta para obter benefícios de velocidade.
O domínio de uma técnica fluida e eficaz revela-se necessária para evitar os riscos de lesão. De facto, um mau requebro provoca riscos de tendinites ao nível dos pontos de inserção dos músculos da bacia.
As dores mais frequentes são sentidas nos isquiotibiais. A aprendizagem da técnica em clube com um treinador competente é fortemente recomendada se deseja iniciar-se nesta modalidade.
Depois de adquirida a técnica, podes ultrapassar a meta das primeiras saídas em estarda, e depois provas em pistas. Se não tiveres nenhum clube nas proximidades, deixe-te filmar para poderes observares a tua técnica e corrigir os defeitos potenciais.